quarta-feira, 30 de maio de 2012

Simples

Nunca fui de usar o verbo "precisar". Se eu tinha, tudo bem. Se eu não tinha, tudo bem. Não consigo ser assim em relação à ti.

Acho incrível como as coisas mudam rápido na vida. De repente, assim, do nada, num seis de dezembro o teu jeitinho me conquistou. É meio bobinho dizer, mas sim, me conquistou ali. Num estalo, de repente, assim, do nada. Desde então, eu não consigo me imaginar se não do teu lado. Por isso, eu pego minhas coisinhas e vou pra perto. Pego minhas coisinhas. Minhas coisinhas, minhas roupas, meus problemas, meu cheiro, meu cabelos que ficam no travesseiro, minha preguiça e tudo mais... Pra dividir contigo. Pra ser tua.

É estranho o tanto que eu preciso de ti. É estranho parar, pensar e concluir que "é, é isso mesmo". Eu preciso ficar perto de ti pra ficar bem. Eu preciso saber que tu tá bem pra ficar bem. Eu preciso ver a tua carinha de sono de manhã e se é pra pendurar minhas calcinhas que sejam penduradas no banheiro da tua casa. É estranho o tanto que eu preciso de ti. Eu só preciso e é só disso que eu sei. Eu não sei se vai dar, se já deu, quando vai ser, que horas são e nem qual música vai tocar na hora certa, mas eu sei que eu preciso. Preciso de ti. Pra cuidar.

Eu te quero e te preciso na alegria de uma tarde de sol bem amarelo. Eu te quero e te preciso na tristeza de um abraço de despedida. Eu te quero e te preciso na saúde de uma gripe curada com muito amor. Eu te quero e te preciso na doença de um espirro com som engraçado. Eu te quero e te preciso na inocência de um casamento ainda não consumado.

É estranho o tanto que eu preciso de ti. É tão estranho que até me faz rimar. É tão estranho que me faz te amar. Te amar loucamente. Nas horas mais improváveis, nos pensamentos mais inusitados e em todos os abraços apertados.

Eu te quero e te preciso.
E é estranho.

Mas eu te amo. E tô chegando pra te abraçar.